No estado de Tabasco, onde as temperaturas estão previstas para ultrapassar os 45º C nesta semana, as mídias locais relataram até 85 mortes dos animais
Nas últimas semanas, macacos bugios, ameaçados de extinção, têm caído mortos das árvores nas florestas tropicais do sudeste do México. As mortes acontecem em meio a uma seca nacional e ondas de calor que elevaram as temperaturas em grande parte do país.
No estado de Tabasco, onde as temperaturas estão previstas para ultrapassar os 45º C nesta semana, as mídias locais relataram até 85 mortes. Já as autoridades locais confirmaram a tendência sem fornecer o número de mortos.
Em comunicado divulgado no fim de semana, a agência de Proteção Civil de Tabasco atribuiu as mortes à desidratação. Uma fonte da agência disse à Reuters, na segunda-feira (20), que as mortes dos macacos foi confirmada em três municípios do estado.
Em uma floresta nos arredores na cidade de Comalcalco, no estado mexicano de Tabasco, voluntários recolheram os corpos dos macacos bugios que morreram devido às altas temperaturas, e colocaram baldes de água e frutas para evitar mais mortes.
O macaco bugio de manto é classificado como vulnerável na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).
“É porque o calor está muito forte. Venho visitando os Estados Unidos há muito tempo e nunca senti isso tanto como agora”, disse o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, natural de Tabasco, na segunda-feira (20), quando foi questionado sobre as mortes dos macacos.
Mais tarde na segunda-feira (20), o Ministério do Meio Ambiente do México disse em comunicado que estava coordenando esforços para lidar com o caso, que atribuiu a várias razões possíveis, incluindo “insolação, desidratação, desnutrição ou pulverização de plantações com agroquímicos tóxicos”.
O México também abriga o macaco bugio de Yucatán, que, devido ao desmatamento, está classificado como ameaçado de extinção na Lista Vermelha da IUCN.
O Ministério da Saúde do México informou uma contagem preliminar de 26 pessoas que morreram por causas relacionadas ao calor entre o início da estação no país, entre 17 de março a 11 de maio.