Na busca para fortalecer as parcerias no fomento à criação de empresas de base tecnológica e na subvenção de projetos de inovação na região Nordeste, a Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema) e a Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Secti) participaram, nesta terça-feira (22), em Fortaleza (CE), da reunião da Câmara Temática de Ciência e Fomento ao Conhecimento do Consórcio Nordeste. O evento aconteceu na sede administrativa do Banco do Nordeste, com quem o consórcio busca parceria com fins ao fortalecimento do setor.
O evento, aberto pelo presidente do Banco do Nordeste, Paulo Henrique Câmara, contou com participação do diretor administrativo da Fapema, Arnodson Campelo, e do assessor jurídico da Secti, Lívio Estrela, além de representantes de Fundos Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs) e de secretarias de Ciência e Tecnologia, especialistas do setor, entre outras autoridades.
O objetivo da reunião foi debater a viabilidade de acordos e convênios entre os estados do Nordeste, para impulsionar o desenvolvimento de empresas de base tecnológica e projetos inovadores. As discussões giraram em torno da necessidade de unir forças e recursos para criar um ambiente propício ao crescimento da economia regional, com foco na geração de emprego e renda.
“Ficamos muito satisfeitos com esse evento, que congrega representantes de todos os estados e é o momento para fazermos a integração, possibilitando colocar o banco à disposição. Como membro do Governo Federal, sabemos do momento estratégico que o Brasil vive, de reconstrução. É a hora de fazermos a unidade dos estados com os órgãos federai e juntos buscarmos projetos e soluções para a redução das desigualdades. Isso pode ser conquistado com políticas avançadas, que estão sendo construídas pelo governo Lula, voltados à ciência, tecnologia e inovação. O Banco do Nordeste tem a disponibilidade em colaborar com esta agenda, levando prosperidade e desenvolvimento para nossa região”, frisou o presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara.
Câmara destacou a importância estratégica do Maranhão neste cenário, com muitas possibilidades de crescimento no agronegócio e na agricultura familiar. “O Maranhão reúne todas as condições para o desenvolvimento industrial, social e econômico, garantindo preservação do meio ambiente e ao mesmo tempo, tendo políticas na ciência, tecnologia e inovação, que façam a diferença na vida das pessoas. A parceria do Maranhão com o Banco do Nordeste chegará às pessoas e sabemos dos esforços que o Governo do Estado empreende, com toda a competência do governador Carlos Brandão, para desenvolver políticas públicas no setor”, acrescentou.
A reunião da Câmara Temática de Ciência e Fomento ao Conhecimento do Consórcio Nordeste, segundo o diretor Administrativo da Fapema, Arnodson Campelo, é um passo importante para fortalecer a integração regional e impulsionar o desenvolvimento científico e tecnológico do Nordeste.
“As discussões sobre acordos e convênios entre os estados, aliadas ao compromisso da Fapema com a pesquisa e a inovação,demonstram o potencial da região para se tornar um polo de excelência em ciência e tecnologia. Esperamos que essa iniciativa possa gerar resultados concretos e contribuir para o desenvolvimento socioeconômico do Maranhão e de todo os estados do Nordeste”, destacou Campelo.
Para o assessor jurídico da Secti, Lívio Estrela, o evento vai proporcionar o alcance de soluções conjuntas na área da ciência, tecnologia e inovação. “Secti e Fapema, em conjunto nesta importante agenda do Consórcio Nordeste, para fazer com que as ações destas instituições sejam concretizadas, por meio das possibilidades de financiamento do Banco do Nordeste, que são muito promissoras. Dessa forma, poderemos fazer com que estas iniciativas cheguem até a sociedade”, avaliou.
O coordenador da câmara técnica, Fábio Guedes, disse que o Banco do Nordeste e a Sudene são estratégicos para um novo patamar de financiamento de programas e ações para aumentar a competitividade da região. “A região Nordeste possui uma ampla rede de infraestrutura de produção do conhecimento e desenvolvimento tecnológico, possui competências que dialogam com os desafios desse século, na biotecnologia, inteligência artificial, energias renováveis, minerais críticos, saúde e mudanças climática, entre outras, e as FAP’s têm capacidade técnica e know-how para executar vários programas em cofinanciamento”, disse em sua apresentação.
Na avaliação de Guedes, a redução das assimetrias regionais, especialmente nas concorrências por recursos da União para o financiamento de atividades de CT&l, deve ser buscada fortalecendo a rede de cooperação e parceria regional.
Direcionamentos
Na reunião, foi proposta a criação de grupo de trabalho para pensar e elaborar propostas de programas e ações em conjunto com metas estabelecidas para 2025; e a realização de fórum para discutir possibilidades de contribuição da CT&l ao desenvolvimento econômico e social, em áreas estratégicas.
Também entrou na pauta da reunião as possibilidades de financiamento de prestação de serviços de laboratórios de ICT’s para empresas e poder público da região. Foi apresentada ainda, possível criação de um Fundo Regional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico.
