A segunda tentativa de Duarte Júnior (PSB) em chegar ao Palácio de La Ravardière, na disputa eleitoral deste ano, vem com a maturidade política alcançada pelo deputado federal nos últimos quatro anos.
O arco de alianças partidárias, complementado pela adesão do União Brasil à sua pré-candidatura na última semana, mostra a capacidade de articulação política do parlamentar em torno de seu projeto para a cidade.
Do PT ao PL, passando por PCdoB, PV PSDB-Cidadania, PP, Podemos, Avante e a provável adesão do PL, além do próprio PSB, partidos de esquerda, centro e direita se unem em torno de Duarte pela sucessão do prefeito Eduardo Braide (PSD).
Braide, por sinal, falha justamente no ponto mais destacado de Duarte. Filiado a um partido dividido – o presidente estadual, ex-deputado federal Edilázio Júnior, vai com dele; a senadora Eliziane Gama (PSD), principal nome a nível estadual, não -, o prefeito marcha contando com MDB e Republicanos, que começam a questionar o apoio pela falta de diálogo com o gestor municipal.
Nesta toada, Duarte já garantiu a maior fatia de espaço no rádio e na televisão para a campanha eleitoral. Com as regras mais rígidas para o uso de redes sociais, Braide deve ver o adversário com tempo de sobra para apontar seus erros e omissões nos últimos três anos e sete meses, e que podem lhe custar uma reeleição que alguns aliados davam como “favas contadas”.
