Inteligência dos EUA teme influência chinesa nas eleições de 2024 através do TikTok

Inteligência dos EUA teme influência chinesa nas eleições de 2024 através do TikTok

Internacional

Preocupação americana sobre a influência potencial do TikTok, controlado pela China, nas eleições de 2024.

Segundo a diretora de Inteligência Nacional dos EUA, Avril Haines, as autoridades de inteligência do país “não podem descartar” a possibilidade de o governo chinês usar a rede social TikTok para manipular as próximas eleições presidenciais de 2024 no país. A declaração de Haines ocorreu durante uma audiência do Comitê de Inteligência da Câmara americana na última terça-feira.

Desconfiança vem de eleições anteriores

Tal preocupação surge após relatórios de inteligência dos EUA sobre a suposta tentativa de influência do TikTok nas eleições intercalares de 2022. O relatório do Gabinete do Diretor de Inteligência Nacional (ODNI) indica que “As contas do TikTok administradas por um braço de propaganda da República Popular da China teriam como alvo candidatos de ambos os partidos políticos durante o ciclo eleitoral intercalar dos EUA em 2022”.

Reações do TikTok

Em resposta às acusações, um porta-voz do TikTok afirmou que a empresa age “contra comportamentos enganosos, incluindo redes de influência secretas em todo o mundo, e temos sido transparentes ao denunciá-los publicamente”. Além disso, argumenta que o TikTok já tomou medidas para proteger a integridade das eleições em mais de 150 países ao redor do mundo.

Riscos das redes sociais nas eleições

Ainda que muita desconfiança se concentre no TikTok, a verdade é que múltiplas plataformas de redes sociais, como Facebook e Twitter, também podem ser usadas para difundir desinformação e influenciar os resultados eleitorais. As autoridades americanas estão se preparando para as eleições de 2024, que deverão ser bastante disputadas e poderão atrair a interferência de atores estrangeiros, como China, Rússia e Irã.

TikTol e a ByteDance no olho do furacão

O diretor do FBI, Christopher Wray, durante a audiência na Câmara, alertou para o risco do governo chinês pressionar a ByteDance, empresa proprietária do TikTok, para que manipule seu algoritmo em favor disso ou daquele candidato. A ByteDance por sua vez, nega que seja “controlada por qualquer governo ou entidade estatal”.

O futuro das eleições

Enquanto se desenrola o debate no governo americano sobre o papel da tecnologia nas eleições, a China nega qualquer interferência. “As eleições gerais dos EUA são assuntos internos dos EUA e quem se torna o próximo presidente depende do povo americano”, declarou o Ministério das Relações Exteriores chinês. No entanto, para as autoridades americanas, tal garantia não basta. As preparações para lidar com potenciais interferências já começaram, e as redes sociais são vistas cada vez mais como um campo de batalha político.

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