Ibovespa opera em queda após Copom decidir baixar a taxa de juros

Ibovespa opera em queda após Copom decidir baixar a taxa de juros

Economia

O Ibovespa iniciou a sessão em queda nesta quinta-feira, 21, repercutindo a queda da Selic promovida pelo Copom e a manutenção dos juros pelo Fed. Por volta de 12h, a bolsa desvalorizava 1,62%, aos 116.776 pontos. No dia anterior, a B3 havia encerrado o pregão com valorização de 0,72%, negociado a 118,6 mil pontos. O resultado é reflexo da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de baixar a taxa básica de juros para 12,75% ao ano. Esta é a segunda redução seguida de 0,5 ponto percentual, após um período sete manutenções consecutivas. A decisão do colegiado seguiu as expectativas do mercado. Mais cedo no mesmo dia, o Federal Reserve (Banco Central dos Estados Unidos) decidiu manter a taxa de juros nos EUA para o intervalo entre 5,25% e 5,5% ao ano. O percentual representa o maior patamar em 22 anos. A última vez que os juros norte-americanos foram a 5,5% foi em 2001. Os principais índices norte-americanos também operam em queda. Dow Jones, S&P e Nasdaq apresentavam baixa de 0,55%, 0,87% e 1,28%, respectivamente.

Marcos Camilo, CEO da Pulse Capital, explica que a taxa de juros atual não é a mais favorável para o mercado de capitais nem para o mercado de fusões e aquisições. “No entanto, como estas operações são complexas e levam meses e as vezes anos para liquidar, o sinal de redução, neste momento, sinaliza que a queda do custo de capital alcançará bons níveis para o momento dos fechamentos no futuro. Ou seja, o início da redução agora indica que no momento de liquidação dos investimentos estruturados e de fusões e aquisições, a taxa estará no nível mais favorável. Como leva um tempo entre o início das negociações e os fechamentos, este processo inicia agora e, quando a taxa estiver no nível mais adequado, as operações estarão prontas para o fechamento”, indica. Contudo, o especialista ressalta que a redução de juros no Brasil, a redução de custo da capital e a melhora na classificação de risco do Brasil pela agência Fitch constroem uma boa perspectiva para o mercado de investimentos no Brasil e no exterior.

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