A Faixa de Gaza voltou a ficar sem internet neste domingo, 5, e o maior provedor da região, Paltel, culpou Israel pela interrupção do serviço. A interrupção completa dos serviços de comunicação e internet foi confirmada pela Netblocks, órgão de vigilância de rede. Segundo a Paltel, as ligações que haviam sido reconectadas foram cortadas novamente pelo lado israelense. A ONG Netblocks relatou nas redes sociais um novo colapso na conectividade na Faixa de Gaza, com alto impacto para a Paltel, última grande operadora remanescente no território. De acordo com a ONG, essa é a terceira vez que a Faixa de Gaza tem interrupção das telecomunicações desde o início da guerra, que está prestes a completar um mês. O bloqueio é seguido por uma intensificação dos bombardeios. Gaza está sob bloqueio de Tel-Aviv há quase um mês, quando membros do grupo Hamas mataram 1.400 pessoas e levaram mais de 200 como reféns em um ataque sem precedentes. Do lado palestino, a ofensiva israelense deixou pelo menos 9.770 mortos. Apesar da pressão internacional, o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu rejeita qualquer “trégua” até que os reféns sequestrados pelo Hamas sejam libertados. Aliados de Israel, os Estados Unidos passaram a pedir por pausas humanitárias para distribuição de ajuda aos civis. A situação na Faixa de Gaza continua tensa e a falta de internet agrava ainda mais a comunicação e a conectividade na região.