Senador critica Haddad por comparar condenados no Carf com detentos: ‘Declaração infeliz’

Senador critica Haddad por comparar condenados no Carf com detentos: ‘Declaração infeliz’

Economia

Nesta terça-feira, 26, o senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO) criticou falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad sobre o voto de qualidade do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf). Durante entrevista à TV aberta, Haddad comparou empresários condenados no Carf com prisioneiros do sistema legal. “É a mesma coisa que você pegar quatro delegados e quatro detentos para julgar um habeas corpus, sendo que o empate favorece o detento”, declarou. Presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Valderlan afirmou que a fala o deixou ‘estarrecido’ e cobrou uma retratação do ministro. “Apesar disso, de colaborarmos com o governo nas matérias que são importantes para o país, fiquei estarrecido com a declaração recente do ministro da Fazenda, Fernando Haddad”, disse. O parlamentar ponderou que a comparação foi um erro e defendeu que quem sustenta o país são os contribuintes, o setor produtivo e as empresas. “Portanto, ministro, peço que vossa excelência reflita e que se possível se retrate dessa declaração infeliz. Foi uma analogia injusta com os empresários. Da nossa parte, vamos continuar ajudando o Brasil, aprovando propostas que melhorem nossa economia, que gerem emprego, renda e proporcionem desenvolvimento, sem fazer ataques a quem quer que seja”, completou.

A declaração de Haddad foi feita em 17 de setembro, mas ganhou maior recuperssão nos últimos dias. A Associação dos Conselheiros Representantes dos Contribuintes no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Aconcarf) publicou uma nota na segunda-feira, 25, contra o posicionamento de Haddad. O grupo afirma que a fala foi recebida com “profundo sentimento de tristeza, revolta e indignação” e que “houve extremo desrespeito aos profissionais que atuam no Carf”. No final de agosto, senadores aprovaram a PL que impõe mudanças nas regras e que pode aumentar em R$ 59 bilhões anuais os recursos do governo. A diretriz principal da proposta é retomar voto de desempate favorável nos processos do Carf a favor do governo federal.

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