Se não perseveramos na política monetária, inflação volta com custo muito maior, afirma Campos Neto

Se não perseveramos na política monetária, inflação volta com custo muito maior, afirma Campos Neto

Economia

Defensor de uma abordagem mais conservadora, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ressaltou nesta terça-feira, 5, a importância da política monetária perseverar no combate à inflação, em um período que chamou de “last mile”. O termo se refere tanto ao último estágio de um processo como a parte mais cara de uma jornada. Dentro do contexto da política monetária, a referência de Campos Neto é à parte mais difícil de controlar os preços após a escalada do processo inflacionário. Segundo o economista, caso a política monetária aplicada não continue de forma consistente, o aumento de preços pode retornar. “Acho que é importante você perseverar, se não, o processo inflacionário volta. E voltar para o processo desinflacionário o custo para a sociedade é muito maior”, classificou. A declaração de Campos Neto foi feita durante  conferência promovida pelo grupo Julius Baer.

Ele complementou que o conceito se aplica à inflação global, mas também ao Brasil. “O alerta da Fitch [agência de classificação de risco] sobre os EUA na parte fiscal faz com que a gente preste mais atenção, principalmente aqui no Brasil”, pontuou. O presidente do BC analisou que um eventual retorno da inflação traria um custo maior para voltar a abaixá-la.

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