O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), a chamado “inflação do aluguel”, mostra que o preço do aluguel recuou. Em maio, a queda foi de 1,84%, uma queda contínua se considerada a redução registrada em abril, de 0,95% em abril. Com isso, no ano, o aluguel ficou 2,58% mais barato e, em 12 meses, 4,47%, de acordo com a pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre). A queda foi melhor sentida no ano. Em maio de 2022, o índice havia subido 0,52% e acumulava alta de 10,72% em 12 meses. A série foi interrompida quando, em abril, foi registrada a primeira deflação do índice registrada desde fevereiro de 2018. “A deflação registrada no índice ao produtor (-2,72%), a maior de sua série histórica, foi influenciada pela redução dos preços de cinco grandes commodities, que juntas, respondem por aproximadamente 1/4 do peso total do IPA. Entre essas, vale citar o comportamento dos preços do minério de ferro (de -4,41% para -13,26%) e da soja (de -9,34% para -9,40%)”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços da FGV/Ibre.
Variação
A pesquisa da FGV/Ibre também mostra que o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 2,72% em maio, ante queda de 1,45% em abril. “A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 0,65% para -0,64%, no mesmo período. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, caiu 0,09% em maio, após alta de 0,80% no mês anterior”. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) mostra um cenário de piora, com aumento de 0,48% em maio, de acordo com a FGV. Em abril, o índice variara 0,46%, com seis itens das classes de despesas elevando as taxas, com destaque para o grupo Alimentação, cuja taxa de variação passou de 0,36%, para 0,79% entre abril e maio. Nesta classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item hortaliças e legumes, cujo preço variou -0,68%, ante 6,32% na edição anterior.