As autoridades disseram que algumas das pessoas que estavam desaparecidas foram encontradas mortas durante o dia, o que elevou o número de vítimas de 58 registradas pela manhã.
Um vídeo compartilhado pela agência nacional de gerenciamento de desastres BNPB mostrou troncos, pedras e lama espalhados pelas estradas, pontes e casas desmoronadas em Tanah Datar, um dos três distritos de Sumatra Ocidental atingidos pelas enchentes.
O desastre atingiu a área na noite de sábado (11), quando fortes chuvas desencadearam inundações repentinas, deslizamentos de terra e fluxo de lava fria – uma mistura de cinzas vulcânicas, detritos de rocha e água, semelhante à lama.
O fluxo de lava fria veio do Monte Marapi, um dos vulcões mais ativos de Sumatra. Sua erupção em dezembro matou mais de 20 pessoas e outras erupções ocorreram desde então.
A BNPB vai continuar a procurar as pessoas desaparecidas e limpar as estradas principais, disse seu chefe Suharyanto em um comunicado na quarta-feira
As irmãs Fitrawanis, de 64 anos, e Nurbaiti, de 66 anos, observaram em meio a lágrimas as ruínas da casa de seu irmão em Tanah Datar. Elas disseram que o irmão, Rusdi, 60 anos, ainda está desaparecido depois que a água o levou quando ele tentou salvar a sogra.
“Espero que seu corpo possa ser encontrado rapidamente, vivo ou morto”, disse Fitrawanis à Reuters. Ela disse que os sogros e a esposa de Rusdi foram encontrados mortos.
Pelo menos 249 casas, 225 hectares de terra, incluindo plantações de arroz, 19 pontes e a maioria das estradas principais ficaram danificadas nos três distritos e em uma cidade.
A agência de meteorologia da Indonésia, BMKG, disse que planejava tentar mitigar as fortes chuvas previstas para a próxima semana em Sumatra Ocidental por meio da “semeadura de nuvens” para evitar chuvas nas áreas mais afetadas.
Muito utilizada na Indonésia, a semeadura de nuvens envolve o disparo de chamas de sal nas nuvens para provocar chuvas em áreas secas.