Durante discurso enfático na tribuna da Assembleia Legislativa, nesta segunda-feira (8), o deputado estadual Neto Evangelista (União Brasil) fez um apelo por mais responsabilidade no debate sobre saúde pública, especialmente no que diz respeito à implantação e funcionamento dos centros de hemodiálise no Maranhão. O parlamentar se mostrou indignado com o que classificou como uma tentativa da oposição de atacar o governador Carlos Brandão de forma leviana e desinformada.
“O que estamos ouvindo aqui beira à irresponsabilidade. Não se pode fazer politicagem com algo tão sensível como a hemodiálise, que impacta diretamente a vida de tantas famílias”, afirmou Neto Evangelista.
O deputado destacou as ações recentes do Governo do Estado, como a ampliação de cadeiras em Chapadinha; a implantação do quarto turno de hemodiálise em São Luís; a criação dos centros de hemodiálise de Grajaú e Barreirinhas e a finalização da estrutura física do Centro de Hemodiálise de Santa Inês, que aguardava o alvará da Vigilância Sanitária, expedido no último dia 1º de julho.
Evangelista também relembrou o caso do Centro de Hemodiálise de Presidente Dutra, inaugurado em 30 de março de 2022 ainda sem iniciar os atendimentos, fato que, segundo ele, não gerou a mesma indignação por parte de parlamentares que hoje cobram celeridade da atual gestão.
“Acho que o deputado Carlos Lula era o secretário na época e sabia da complexidade de se colocar um centro de hemodiálise para funcionar. É preciso fazer testes, análise da qualidade da água, organizar logística e equipe técnica. Não se faz isso da noite para o dia”, reforçou.
Distorções
Para o deputado, o debate precisa ser responsável, sem distorções que apenas confundem a população e deslegitimam os avanços conquistados.
“Se o centro está pronto, é porque alguém fez. Se não faz, criticam. Se faz, também criticam. A verdade é que o Governo está fazendo sua parte e iniciando o mapeamento dos pacientes que serão atendidos em Santa Inês”, explicou.
Ao finalizar sua fala, Neto Evangelista fez questão de destacar que a saúde pública não pode ser usada como palanque político, e que inaugurar um equipamento de saúde sem que ele esteja plenamente pronto para funcionar é desrespeitoso com quem mais precisa.
“É melhor esperar e inaugurar quando estiver pronto, do que abrir as portas e fechar logo depois. Isso sim é irresponsabilidade”, concluiu Neto.