Homem acusado de matar a esposa com tiro no rosto é condenado a 24 anos e meio de prisão em Buriticupu

Homem acusado de matar a esposa com tiro no rosto é condenado a 24 anos e meio de prisão em Buriticupu

Justiça

Um homem acusado de feminicídio foi sentenciado a 24 anos e meio de prisão, após um julgamento realizado em Buriticupu.

Nesta última segunda-feira (7), o júri popular, conduzido pelo magistrado Flávio Gurgel, titular da 1ª Vara de Buriticupu e também responsável pela 2ª, aconteceu no salão do Tribunal do Júri do tribunal local. Claudenor Oliveira Maciel foi considerado culpado ao término da sessão.

Na acusação, é mencionado que ele matou Cleuma Viana, sua esposa, com um tiro na face em 9 de julho de 2023. O caso causou grande impacto na região e na mídia.

Na data mencionada, no bairro Caeminha, a polícia descobriu que a vítima estava deitada no quarto, descansando, enquanto seus filhos L. S. M, de 16 anos, e R. S. M, de 09 anos, aguardavam a chegada de um entregador de pizza.

Nesse momento, Claudenor apareceu no local, claramente embriagado, dirigindo-se ao quarto onde estava a esposa. Após uma discussão breve, ele teria dito: “Fala mais alguma coisa aí pra ver como te dou seis tiros na cara”.

Depois, o denunciado retornou ao quarto e, ao se aproximar da vítima, disparou um tiro à queima-roupa em sua face. Imediatamente após o ato criminoso, o acusado, ainda armado, comunicou à filha que havia assassinado Cleuma e, em seguida, fugiu do local do crime.

Durante a apuração dos fatos, foram colhidos depoimentos testemunhais, que afirmaram que o relacionamento de Cleuma e Claudenor era bastante conturbado, sobretudo pelo fato do mesmo proferir ofensas, agressões e ameaças de morte quando fazia uso de bebida alcoólica.

Repercussão

Após ter praticado o delito, o denunciado ainda encaminhou um áudio para uma testemunha, no qual confessou a autoria do feminicídio.

“O crime bárbaro praticado pelo denunciado chocou a população da cidade, bem como repercutiu em matérias de jornais de grande circulação e em redes sociais, como se pode verificar facilmente através dos links citados (…) Dos autos verifica-se que a motivação para o crime decorreu de mera discussão e pelo fato da vítima de não ter atendido a ordem do denunciado para que ficasse calada, de onde se extrai a desproporcionalidade e a futilidade do motivo”, pontuou o Ministério Público na denúncia.

Para o MP, o denunciado valeu-se de recurso que dificultou a defesa da vítima, pois Cleuma foi alvejada na cabeça com tiro à queima-roupa quando estava deitada na cama. “Por fim, a conduta praticada pelo denunciado constituiu a figura do feminicídio, pois teve como vítima a mulher em circunstâncias de violência doméstica”, pontuou.

Para o juiz Flávio Gurgel, a celeridade nos julgamentos, especialmente em casos de feminicídio, é fundamental para que a resposta do processo seja alcançada de forma oportuna, seja ela qual for. “Levar o caso ao Tribunal do Júri neste momento teve exatamente esse propósito, que é assegurar que as famílias e a sociedade, como um todo, recebessem uma resposta célere e consoante o entendimento dos jurados, que, neste ato, representam a comunidade local”, observou.

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