Haddad discute redução dos juros do cartão de crédito com os principais bancos do país

Haddad discute redução dos juros do cartão de crédito com os principais bancos do país

Economia

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, teve uma reunião neste sábado com os CEOs de bancos para discutir a conjuntura econômica do país. Durante o encontro, também foi abordado o impasse em relação à redução dos juros do rotativo do cartão de crédito e possíveis mudanças no parcelado sem juros. O prazo de 90 dias estabelecido pelo Congresso Nacional para que o grupo de trabalho formado por bancos, maquininhas, varejo e bandeiras de cartões encontre alternativas para a redução do rotativo se encerra em janeiro. Porém, até o momento, não houve consenso entre as partes envolvidas. Caso nenhuma solução seja acordada, prevalecerá a Lei do Desenrola, que determina um teto de 100% do valor da dívida para a cobrança de juros. No próximo dia 21, está previsto um novo encontro do grupo de trabalho. Fontes ligadas aos adquirentes afirmam que a decisão da Febraban de acusar as maquininhas de praticarem fraudes nesta semana foi surpreendente e pode dificultar a chegada a um consenso.

Após a reunião, tanto o ministro quanto os banqueiros presentes não concederam entrevistas à imprensa. Participaram do encontro com Haddad os presidentes do Itaú Unibanco, Santander, Bradesco e Nubank, além do presidente do Conselho Diretor da Febraban e o presidente da entidade. Vale ressaltar que os bancos são emissores de cartões e também possuem empresas de maquininhas. Os juros do rotativo atualmente estão em 14,94% ao mês ou 431,58% ao ano, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central em outubro. Já o parcelado sem juros representa 15% do saldo total de crédito das famílias, segundo a Febraban. As maquininhas defendem a manutenção dessa modalidade de crédito, enquanto os bancos não são contra a sua extinção, mas desejam mudanças, como a redução do número de prestações. A entidade que representa os bancos argumenta que não existe parcelamento sem juros e que as taxas estão embutidas nos preços dos produtos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *