O conflito entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas é um “drama humanitário” com implicações econômicas, segundo a avaliação de Mauricio Moura, diretor do Banco Central. Durante live promovida pelo órgão, ele analisou que o embate ainda está em fase inicial e, por conta disso, é difícil mensurar os efeitos na economia global. “A guerra traz novos riscos geopolíticos que podem ter impacto em preços de importantes ativos na inflação, sendo mais óbvio, claro, o preço de petróleo, que tem grande representatividade na inflação de energia e na disseminação da inflação em outros preços”, ponderou. Apesar do risco, o diretor do BC considera que o Brasil está a frente de outros países em relação ao combate à inflação. “A maioria dos países, inclusive os avançados, somente agora, recentemente, parou de elevar as taxas básicas de juros, ou está parando, para combater a inflação. No Brasil, como nós começamos a combater a inflação antes, porque nós percebemos que era um movimento inflacionário mais duradouro e forte, agora temos a confiança necessária do Copom (Comitê de Política Monetária) para levar à frente esse ciclo de redução da taxa básica de juros com segurança, colocando a inflação na meta”, disse.