Os Estados Unidos condenaram o ataque contra Moscou, a qual a Rússia alegar ter como responsável a Ucrânia, que nega as acusações. “No geral, não apoiamos os ataques dentro da Rússia. Temos nos concentrado em fornecer à Ucrânia o equipamento e o treinamento necessários para retomar seu próprio território soberano”, disse um porta-voz do Departamento de Estado nesta terça-feira, 30, durante a visita do secretário americano, Antony Blinken, à Suécia. Segundo o porta-voz, os Estados Unidos ainda estavam avaliando o que aconteceu em Moscou, onde alguns edifícios residenciais foram atacados pela primeira vez desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022. O presidente russo, Vladimir Putin, culpou Kiev pelas incursões. Mesmo não apoiando o ataque, eles não deixaram de responsabilizar a Rússia pela invasão à Ucrânia – guerra que se encaminha para o segundo ano. O funcionário do Departamento de Estado, no entanto, destacou que os russos haviam realizado ataques aéreos na capital ucraniana, na terça-feira, pela décima-sétima vez em maio. “A Rússia começou esta guerra não provocada contra a Ucrânia. A Rússia poderia terminá-la a qualquer momento, retirando suas forças da Ucrânia, ao invés de lançar ataques brutais contra as cidades e o povo da Ucrânia todos os dias”, enfatizou.
O ataque realizado contra a Rússia foi o maior desde o começo da guerra na Ucrânia – iniciado em 24 de fevereiro de 2022. O bombardeio aconteceu em Moscou, capital russa, e, segundo o ministério da Defesa, as baterias de defesa antiaérea e sistema de guerra eletrônica derrubaram oito drones. “É claro que falamos de uma resposta por parte do regime de Kiev aos nossos ataques muito eficazes contra um de seus centros de comando”, declarou o porta-voz Dmitry Peskov. O ataque aconteceu após várias séries de bombardeios contra Kiev em poucos dias, a qual, no mais recente, realizado nesta terça, uma pessoa morreu. Embora a incursão em Moscou tenha deixado duas pessoas levemente feridas e provocado danos “menores”, segundo as autoridades, o ataque na capital russa, muito protegida e distante da frente de batalha, tem um grande impacto psicológico no país. O presidente Vladimir Putin, comentou o ocorrido e disse acusou a Ucrânia de querer “aterrorizar” a população russa, após o inusitado ataque com drones em Moscou, e afirmou que a defesa antiaérea da capital funcionou “de maneira satisfatória”. “O regime de Kiev escolheu aterrorizar a Rússia e intimidar os russos”, disse o presidente, em um discurso exibido pela televisão pública.