Em entrevista ao Ponto Continuando, Paulo Victor fala sobre sua atuação na Câmara e sobre a gestão de Braide

Em entrevista ao Ponto Continuando, Paulo Victor fala sobre sua atuação na Câmara e sobre a gestão de Braide

Política

O presidente da Câmara Municipal de São Luís, vereador Paulo Victor, foi o entrevistado do Programa Ponto Continuando desta quinta-feira (23). Na entrevista, ele falou sobre a gestão que classificou como caótica do prefeito Eduardo Braide e sobre sua pré-campanha como prefeito de São Luís.

“A gente vem acompanhando a gestão do prefeito ao longo dos dois anos e vemos que ele não estava pronto, ele é um prefeito devagar, não consegue avançar na cidade com relação a administração. Todos conseguem identificar as mazelas que a cidade vive, é uma gestão devagar. São Luís tem uma renda per capita de quase 4 bilhões de reais de orçamento e a gente não vê onde esse dinheiro tá sendo investido”, disse.

Paulo Victor também falou sobre as leis que estão sendo promulgadas pela Câmara Municipal por falta de sanção da Prefeitura de São Luís. Dez leis foram promulgadas somente na última quarta-feira (22).

“Entramos em um ritmo de promulgação de leis de vários vereadores porque elas não estão sendo sancionadas pelo prefeito. O executivo encaminhou 300 números de leis após várias reuniões, para que eles pudessem mandar as leis que estavam dificultando o ordenamento legislativo da nossa casa”, explicou.

Sobre o transporte público de São Luís, envolvendo os ônibus escolares parados em um estacionamento e a greve de ônibus, Paulo Victor explicou que a Câmara segue fazendo o trabalho de fiscalizar a gestão do prefeito.

“São 46 Ônibus escolares parados com um contrato emergencial de mais de R$8 milhões de reais para contratação de transporte público escolar. A justificativa que a prefeitura deu era que tava faltando o emplacamento, mas fui ao DETRAN e constatei que não tinha nenhum pedido de emplacamento. A gente sabe que ele ia usar esses ônibus como poupança política pra ano que vem, para acumular obra e entregar e dizer que ele é um bom prefeito pra cidade”, enfatizou.

Sobre os ônibus de São Luís, Paulo Victor denunciou que Eduardo Braide prometeu, em coletiva de imprensa, enviar o contrato de contratação do transporte público para ser revisado pela Câmara Municipal, mas nunca o fez.

“Ele afirmou em coletiva que iria encaminhar a câmara um contrato pra ser analisado. Eu deixo registrado nesse programa que esse contrato nunca foi enviado, porque eu retornei a presidência da casa. O transporte público é caótico, nós temos um modal que é legalizado e autorizado, não temos mais outro modal. A gestão consegue pontuar como a que teve mais greve, já teve duas somente durante a gestão dele”, disse.

Sobre a gestão de Eduardo Braide, Paulo Victor frisou que ele centraliza as pastas do seu secretariado não tem poder e autonomia. “É uma gestão compartilhada entre a família, entre os dois irmãos que escolheram o secretariado, uma gestão interiorana, caótica”, destacou.

Durante a entrevista também foi citada o caso da liberação ilegal do veículo apreendido pela SMTT, pelo secretário que Paulo Victor afirmou ser de confiança pessoal de Braide. O caso ganhou repercussão na imprensa nacional.

“Esse secretário ocupa a quarta secretaria, demonstra que é alguém de confiança pessoal de Braide. A última vez que ele foi convocado não abriu a boca pra dar nenhum esclarecimento. Temos várias motocicletas de trabalhadores apreendidas e não conseguiram ser liberadas porque não tem manda chuva, não tem costa quente, não tem amigo na família do Eduardo Braide. Isso demonstra uma imoralidade e empatia zero com a população”, frisou.

Paulo Victor afirmou que o reajuste salarial dos servidores será votado pela Câmara Municipal mesmo com o veto de Eduardo Braide.

“Ele vetou todas as emendas dos vereadores, e nisso quem perde são os funcionários, que deveriam ter um reajuste salarial de 8,2% em categorias como agentes de saúde, endemias, cuidadores escolares e conselheiros. No dia da votação, o secretário de governo mandou, numa folha em branco, uma informação de impacto de de R$780 milhões, sem timbre da prefeitura, sem assinatura. Convidamos o prefeito, ele não se fez presente, depois enviou dois secretários, que não apresentaram informação consistente sobre o impacto financeiro, por isso o parlamento irá votar junto com os servidores”, explicou.

Na saúde, Paulo Victor informou que o Governo do Estado tem suprido a necessidade de São Luís, apesar do prefeito não divulgar.

“A saúde de São Luís está caótica. O prefeito está deixando a desejar em todas as áreas, as necessidades o Socorrão I e II tem sido supridas pelo Governo do Estado, assim como as do Hospital da Criança, que nunca foi entregue. Ali é um outro elefante branco, que tomara que seja inaugurado depois de muita cobrança e contratos milionários”, disse.

Eleições 2024

Sobre sua pré-candidatura à prefeito de São Luís, Paulo Victor disse que acredita que pode caminhar para representar as minorias da cidade, com responsabilidade troca de ideias e diálogo com a população, pensando sempre no bem da cidade.

“Essa é a minha primeira eleição como vereador e me tornei presidente da Câmara. Agora, vou caminhar para ser prefeito de São Luís, para representar as minorias da nossa cidade. Hoje nós temos uma maioria ampla na Câmara Municipal, onde juntamos forças para ter uma representatividade na minha pré-campanha. Agradeço a Deus pela experiência de vida, trato com muita responsabilidade, é uma cidade rebelde que consegue escolher o seu representante”, frisou.

Sobre os outros pré-candidatos do seu grupo, ele define como candidaturas legítimas com bom trabalho por São Luís.

“Respeito e acredito que exista uma boa condição para que eles avancem pela cidade e me incluo nisso, pela luta pelo sentimento e pela fé”, concluiu.

Abaixo, acompanhe a entrevista completa:

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