A fumaça dos mais de 2.300 incêndios florestais que atingem o Canadá prejudica a saúde dos moradores locais e também dos norte-americanos, uma vez que metade dos Estados Unidos, incluindo Nova York e Washington, já está com o “céu laranja”. De acordo com especialistas, a fumaça de queimadas contém partículas e substâncias irritantes paras as vias respiratórias, como aerossóis, dióxido de carbono e dióxido de nitrogênio. Assim, a exposição humana à fumaça pode provocar doenças respiratórias, cardiovasculares e neurológicas, principalmente entre crianças e idosos. Entre os principais sintomas que podem surgir a partir da inalação da fumaça são tosse, falta de ar, aumento de doenças respiratórias, inflamação e diminuição da função pulmonar. Além disso, com a fumaça se espalhando a cada dia por novos territórios, como por exemplo na Noruega, a concentração de poluentes também aumenta. A província de Quebec, no Canadá, aguarda a chegada de reforços internacionais para combater os incêndios ativos. A situação deve piorar, já que nenhuma chuva forte é esperada antes de segunda-feira, 12. Na quinta-feira, 8, o primeiro-ministro de Quebec, François Legault, disse que o país atende os principais focos dos incêndios. Quebec mobilizou centenas de pessoas para combater os incêndios e espera chegar a 1.200 com a ajuda internacional, principalmente com a chegada de bombeiros franceses. “Vemos que estamos no pior ano que já tivemos e os nossos recursos estão no limite”, declarou o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, destacando a necessidade de se preparar melhor para “esta nova realidade”.