Carlos Lula defende união entre Poderes para tornar políticas públicas para pessoas com deficiência mais eficientes

Carlos Lula defende união entre Poderes para tornar políticas públicas para pessoas com deficiência mais eficientes

Política

O seminário contou com a participação de órgãos da esfera estadual e municipal, bem como de entidades que atuam na defesa e proteção das pessoas com deficiência.

Segundo o último Censo do IBGE, realizado no ano de 2010, 23,9% da população brasileira possui algum tipo de deficiência, o que representa mais de 45 milhões de pessoas. No Maranhão, o percentual corresponde a 24,97% da população, o equivalente a mais de 1,6 milhão.  Nesta sexta-feira (24), o deputado estadual Carlos Lula (PSB) participou do Seminário Políticas Públicas voltadas às pessoas com deficiência no Maranhão. O parlamentar destacou a importância de igualar essas políticas nos estados e o papel do Legislativo neste processo.

“Esse é um momento importante de recompor o que a gente tem chamado de federalismo das políticas públicas para as pessoas com deficiência. É preciso que tenhamos condições de ter a união entre Assembleias Legislativas e Câmara dos Deputados, articulando essas políticas que funcionam aqui na base, nos estados e nos municípios. Esse é, realmente, um debate que deve ser feito em nível de Brasil, com o objetivo de unificar as políticas que fazem a diferença na vida das pessoas com deficiência”, afirmou Carlos Lula.

O evento, realizado através de parceria entre a Assembleia Legislativa do Maranhão e a Câmara Federal, foi resultado de um requerimento do deputado federal Márcio Jerry. O Seminário contou com a participação de órgãos da esfera estadual e municipal, bem como de entidades que atuam na defesa e proteção das pessoas com deficiência.

O Maranhão é o primeiro estado a receber o Seminário, representando a Região Nordeste. No total, serão realizadas cinco audiências, uma em cada região do Brasil.

Esforços

De acordo com o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB), que também é presidente da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara Federal, das 27 capitais brasileiras, apenas sete possuem secretarias Municipais da Pessoa com Deficiência e apenas três Assembleias Legislativas possuem Comissões que tratam do tema.

“Estamos fazendo um esforço, a partir da Câmara dos Deputados, para implementar esse federalismo envolvendo da melhor maneira possível os esforços da União com os estados e municípios. Ao mesmo tempo, associar este esforço convergente e complementar com a sociedade civil. Dessa articulação, temos certeza de que haverá um aprimoramento concreto do que preconiza a lei brasileira da inclusão das pessoas com deficiência”, disse Márcio Jerry.

Para a presidente do Conselho de Pessoa com Deficiência e diretora de Mobilidade Inclusiva da MOB, Isabelly Passinho, o momento é de discussão. “O Maranhão já tem muitos avanços, mas também ainda tem muitos desafios para enfrentar. Por isso, é importante que isso seja discutido em todos os âmbitos, de Brasília até aqui, na nossa realidade, que é peculiar. Estamos muito felizes de receber e poder participar desse momento transformador”, comemorou.

Já a representante do Grupo de Pais Acolhedores do Centro Dialético dos Pais e Amigos dos Especiais (CDPAE), Liane Sousa, reforçou a necessidade de quebrar outras barreiras. “O capacitismo é o que ainda impede a pessoa com deficiência de ter o seu direto de ir e vir garantido. Devido a sociedade ainda ver a pessoa com deficiência como incapaz. E sabemos que a deficiência é uma característica e não uma doença. A deficiência não impede, o que impede são os espaços que não permitem que a pessoa com deficiência esteja”, pontuou.

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