Instituições bancárias associadas à Federação Brasileira de Brasileiras de Bancos (Febraban) deixarão de oferecer operações via Documento de Ordem de Crédito (DOC) até 29 de fevereiro de 2024, após 39 anos de existência. A medida é válida para pessoas físicas e jurídicas e foi anunciada nesta quinta-feira, 4. A Febraban também anunciou o fim das operações da Transferência Especial de Crédito (TEC), que é de uso exclusivo de empresas para o pagamento de benefícios aos funcionários. O prazo para o encerramento da oferta dos serviços DOC ou TEC é até as 22 horas do dia 15 de janeiro de 2024. Já o agendamento para o envio do DOC ou TEC será encerrado no dia 29 de fevereiro, mesmo dia em que as duas modalidades deixarão de existir. O valor máximo permitido para qualquer transação nas duas operações é de de R$ 4.999,99. Segundo a Febraban, ambos perderam espaço para o PIX, lançado em 2020. A instituição elaborou um levantamento sobre os meios de pagamentos baseado em dados divulgados pelo Banco Central. Os dados apontam que as transações via DOC somaram R$ 59 milhões de operações em 2022, ficando atrás dos cheques (R$ 202,8 bilhões), Transferência Eletrônica Disponível (R$1,01 bilhão), boleto (R$ 4 bilhões), cartão de débito (R$ 15,6 bilhões), cartão de crédito (R$ 18,2 bilhões) e do PIX (24 bilhões). Outro motivo que levou a instituição a extinguir as duas modalidades foi o custo-benefícios aos clientes. A Transferência Eletrônica Disponível (TED) e o PIX disponibilizam o mesmo serviço, mas de maneira mais rápida e instantânea, de acordo com a entidade. Escolha preferida dos clientes, o PIX não possui custos. “A Febraban e os bancos estão constantemente avaliando a modernização e atualização de todos os meios de pagamentos utilizados no país, a fim de melhorar a conveniência para os clientes. Com o surgimento do Pix e a alta movimentação bancária com menores taxas, tanto a TEC quando o DOC deixaram de ser a primeira opção dos clientes, que têm dado preferência ao PIX, por ser gratuito e instantâneo”, afirma Isaac Sidney, presidente da Febraban.