Bancários da Caixa, BB e Basa entrarão em greve no Maranhão nesta terça-feira

Bancários da Caixa, BB e Basa entrarão em greve no Maranhão nesta terça-feira

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Os trabalhadores dos bancos Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Banco da Amazônia decidiram iniciar uma greve geral por tempo indeterminado a partir de terça-feira, 10 de setembro, no Maranhão. A decisão foi tomada durante a Assembleia Geral, na sede do SEEB-MA em São Luís e também por meio da plataforma Zoom.

Enquanto isso, os funcionários dos bancos privados e do Banco do Nordeste, embora críticos das propostas insatisfatórias da Fenaban e do BNB, decidiram seguir a decisão da maioria dos sindicatos e assinar os acordos coletivos. Como resultado, não haverá paralisação nessas instituições.

Hoje, às 18h30, será realizada uma nova Assembleia Geral híbrida para compartilhar informações, coordenar a greve nos bancos Caixa, BB e BASA, e definir os próximos passos e estratégias da Campanha Salarial.

EDITAL DE AVISO DE GREVE

Greve Geral – Os bancários da Caixa, BB e BASA decidiram deflagrar greve nacional a partir do dia 10 de setembro, após rejeitarem a proposta dos bancos de reajuste de 4,64% (INPC + 0,7%) nas verbas salariais em 2024 e de 0,6% (mais a inflação) em 2025. Os funcionários cobram 34,47% de aumento, entre outras reivindicações.

Segundo o Dieese, o índice oferecido pelos bancos é menor que o conquistado por 85% das categorias no país. A maioria dos trabalhadores obteve 1,54% de ganhos reais neste ano. Este percentual (1,54%) já é irrisório, mas os bancos ofereceram um valor ainda menor (0,7%), apesar do lucro de R$ 145 bilhões obtido em 2023.

Além das cláusulas econômicas pífias, as propostas dos banqueiros e do governo não têm garantias sociais efetivas contra as metas abusivas, o assédio moral e as reestruturações. No mais, não preveem a contratação de mais bancários, condições dignas de trabalho, garantia do emprego e melhoria da assistência à saúde.

Quanto às propostas específicas, o BB insiste na manutenção do Programa Performa; oficializa a extinção da função de caixa até dezembro; ameaça regulamentar a demissão imotivada; não aborda os problemas de custeio da Cassi e não inclui os bancários pós-2018 na cobertura do plano quando chegarem à aposentadoria.

Já a proposta da CEF não abrange a convocação de concursados; mantém o teto de 6,5% sobre o Saúde Caixa e exclui do plano os pós-2018; não mostra soluções para o equacionamento na Funcef; mantém o teto da PLR em até 3 remunerações; não incorpora a gratificação em certos casos e prevê perdas salariais para os tesoureiros.

Por sua vez, no BASA, não houve melhorias significativas quanto ao reembolso no Programa Saúde Amazônia nem o aumento do teto de salários na Participação nos Lucros e Resultados (PLR). “Por tudo isso, os bancários vão à greve geral! Juntos, podemos avançar mais” – afirmou o coordenador-geral do SEEB-MA, Rodolfo Cutrim.

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