Um laudo pericial da Polícia Federal, concluído nesta sexta-feira (19/12), confirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro é portador de uma hérnia inguinal bilateral. Segundo a Junta Médica responsável, o quadro clínico exige reparo cirúrgico em caráter eletivo, mas com recomendação de urgência devido à piora na qualidade de vida do paciente e aos riscos de agravamento.
A perícia detalha que o procedimento deve ser agilizado em razão da resistência aos tratamentos já instituídos, além de sintomas como prejuízo ao sono e à alimentação. Os médicos alertaram que a manutenção do quadro pode acelerar o risco de complicações graves decorrentes do aumento da pressão intra-abdominal.
Contexto jurídico e execução penal
A avaliação médica foi realizada na última quarta-feira (17/12) no complexo da Superintendência Regional da PF, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida faz parte do processo de execução penal de Bolsonaro, que foi condenado a 27 anos e três meses de prisão em regime fechado.
Os pontos principais do relatório apontam:
- Inviabilidade Prisional: A defesa alega, e os exames reforçam, que a cirurgia e a recuperação não podem ser realizadas em ambiente carcerário.
- Tempo de Recuperação: A estimativa de permanência hospitalar após a intervenção varia entre 5 e 7 dias.
- Base da Decisão: Além do exame físico presencial, os peritos analisaram ultrassonografias e documentos apresentados pela equipe médica particular do ex-mandatário.
Próximos passos
O laudo agora retorna ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, que deverá decidir se autoriza a saída do ex-presidente para a realização do procedimento cirúrgico em hospital privado ou se determinará protocolos específicos de segurança para o tratamento.
A defesa sustenta que a intervenção é urgente para evitar o estrangulamento das hérnias, o que transformaria o caso em uma emergência de vida ou morte.
