Os potenciais riscos à saúde decorrentes dos incêndios florestais no sul da Califórnia são terríveis – mesmo para aqueles que estão longe do incêndio, segundo Anne Rimoin, professora de epidemiologia da Universidade da Califórnia, à imprensa.
“Essas partículas finas podem percorrer longas distâncias”, explicou Rimoin, além de “penetrar profundamente nos pulmões e se tornar um problema real. Pode até entrar na corrente sanguínea”.
A professora diz que essa má qualidade do ar afetará mais gravemente as pessoas com doenças crônicas, as grávidas e os jovens. Ela pediu a todos que, se possível, permaneçam em casa, mantenham as janelas e portas fechadas e liguem os aparelhos de ar condicionado, juntamente com filtros de ar.
“Aqueles que precisam ficar ao ar livre devem usar máscaras N95”, acrescentou.
A qualidade do ar no sul da Califórnia está atingindo um nível “perigoso” – 6 em uma escala de 6 –, de acordo com as últimas informações da IQair.
Mas mesmo com as portas fechadas e os filtros ligados, uma família que fugiu de sua casa em Pasadena afirmou que a fumaça era simplesmente muito densa.
De acordo com um estudo recente publicado na revista Nature Communications, o calor intenso dos incêndios florestais pode transformar metais encontrados naturalmente no solo em partículas transportadas pelo ar causadoras de câncer.
“Na complexa mistura de gases e partículas que os incêndios florestais expelem como fumaça e deixam para trás como poeira, metais pesados como o cromo têm sido amplamente negligenciados” – é o que disse Scott Fendorf, coautor do estudo e professor da Stanford Doerr School of Sustainability , em um comunicado à imprensa em dezembro.