Em uma decisão que tem gerado controvérsias e acendido debates sobre a imparcialidade do Judiciário, a desembargadora Ângela Salazar concedeu, no dia 5 de abril de 2024, uma liminar que restabeleceu temporariamente os direitos políticos de João Cândido Carlos Neto, mais conhecido como Neto Carvalho. O político, que havia tido sua elegibilidade cassada, agora poderá, ao menos por enquanto, disputar eleições novamente.
O que torna essa decisão ainda mais polêmica é o fato de outro candidato, que enfrentou uma situação semelhante devido à rejeição de contas pelo TCE e TCU, continuar inelegível. A disparidade entre os dois casos está gerando suspeitas sobre o verdadeiro peso da influência política nos tribunais. Neto Carvalho, que possui fortes laços com o senador Weverton Rocha, é visto por muitos como alguém com grande prestígio nos bastidores da política, o que pode ter influenciado o rumo do processo.
A situação levanta questionamentos importantes: estaria a Justiça sendo imparcial ao aplicar suas decisões? Ou as relações políticas estão, mais uma vez, colocando uns acima da lei? O caso de Neto ainda tramita nos tribunais, mas as dúvidas sobre a igualdade de tratamento perante a lei já estão lançadas.