O ministro destacará os eixos do plano: financiamento sustentável, desenvolvimento tecnológico, bioeconomia, transição energética, economia circular e adaptação às mudanças climáticas
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cumpre agenda intensiva em Washington (EUA) para onde embarga nesta segunda-feira (15), às 18h, e ficará até sexta-feira (18). No primeiro dia, ele participará de um encontro cujo objetivo é promover o plano de transformação ecológica do Brasil.
No “Evento Finanças Sustentáveis”, no Wilson Center, o ministro vai destacar os seis eixos do plano: financiamento sustentável, desenvolvimento tecnológico, bioeconomia, transição energética, economia circular e adaptação às mudanças climáticas.
O ministro participa da abertura do evento ao lado da embaixadora do Brasil nos Estados Unidos, Maria Luiza Ribeiro Viotti, e do economista Mark Carney.
O plano reflete o compromisso do país com a sustentabilidade econômica e ambiental. A expectativa da pasta é que essa iniciativa combinada com reformas estruturais em curso poderão não só dobrar o PIB brasileiro em duas décadas como trazer crescimento econômico sustentável.
Rafael Dubeux, secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda, explica que o Brasil está colocando em prática um plano que vai muito além dos cuidados com o meio ambiente: um plano complexo de desenvolvimento econômico e social, com componentes muito fortes de preservação ambiental e de tecnologia.
Por exemplo, são investimentos na geração de energia renovável, ônibus elétricos, programas de reflorestamento e a gestão de aterros sanitários.
De acordo com ele, as medidas já adotadas estão possibilitando ao Brasil ampliar e acelerar os investimentos na descarbonização.
A emissão de títulos soberanos sustentáveis, realizada no fim do ano passado, e que compõe um dos eixos do plano, captou US$ 2 bilhões em recursos que serão voltados exclusivamente para ações voltadas para a sustentabilidade.
“A gente conseguiu fazer essa captação muito bem-sucedida com a taxa de juros bem baixa. Isso possibilita, de um lado, captar recurso para o Tesouro Nacional a taxas mais baratas, criar uma curva de juros internacional de referência para que empresas privadas brasileiras também consigam fazer captações externas de títulos sustentáveis e, mais relevante, a maior parte desse recurso vai ser alocada no Fundo Clima”, afirma Dubeux.
G20
No mesmo dia, Haddad vai até a Câmara de Comércio dos Estados Unidos (US Chamber) onde, ao lado de Ilan Goldfajn, presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), participa de um painel cujo tema será “Investindo na América Latina: as reformas econômicas do Brasil”.
Ele preside a segunda reunião ministerial do G20, marcada para a sede do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Haddad também estará presente em alguns eventos paralelos à reunião do G20. Um deles será com Lan Fo’an, ministro de Finanças da China.
Na sede do Banco Mundial, o ministro participa do painel “A força tarefa da fome”, que tem como objetivo engajar líderes globais na luta contra a insegurança alimentar. Há presença confirmada de representantes dos Estados Unidos, União Africana, Noruega e África do Sul.
O ministro ainda debaterá sobre tributação internacional em um evento organizado em parceria entre Brasil e França, na sede do FMI.