A estimativa para a produção de grãos durante junho é de 307,3 milhões de toneladas, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 13. A quantidade é 16,8% maior do que a obtida em 2022 e 0,6% superior à de maio, o que representa um aumento de 1,9 milhão de toneladas. Além disso, o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) estima que a área a ser colhida é de 76,9 milhões de hectares, 5,2% maior do que a de 2022 e 0,5% maior que a estimativa de maio. A produção de arroz, milho e soja corresponde a cerca de 92,1% da estimativa.
Em relação a 2022, a projeção é de um crescimento de 24,1% na produção da soja, de 2,8% para o algodão herbáceo, de 34% para o sorgo e de 13% para o milho. Já para arroz em casca, a previsão é de decréscimo de 6%. A estimativa de junho para a soja foi de 148,4 milhões de toneladas e a de milho foi de 124,5 milhões de toneladas. A produção do arroz foi estimada em 10,0 milhões de toneladas; a do trigo em 10,6 milhões de toneladas; a do algodão (em caroço), em 6,9 milhões de toneladas; e a do sorgo, em 3,8 milhões de toneladas. A estimativa da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou variação anual positiva para as cinco grandes regiões.
“Há um conjunto de fatores positivos. Com exceção do Rio Grande do Sul, o clima tem estado muito bom, especialmente para os produtos de segunda safra como o milho, cuja produção cresceu muito. Outro fator é que o ano agrícola começou no período certo, não teve atraso no plantio da safra de verão, o que possibilitou uma colheita, especialmente da soja, no tempo certo. A janela de plantio do milho de segunda safra foi muito boa, logo após a colheita da safra de verão em janeiro e fevereiro. Isso favorece a colheita do milho de segunda safra que está ocorrendo agora em julho e agosto. E, por fim, o aumento dos preços internacionais levou o produtor a ampliar o plantio”, analisa o gerente do LSPA, Carlos Barradas.