Para o deputado, a CNS 2023 marca a retomada da participação popular e do diálogo na área, além do combate às desigualdades por um SUS mais inclusivo e universal.
O deputado estadual Carlos Lula (PSB) está em Brasília, onde participa da 17ª Conferência Nacional de Saúde (CNS). O evento, que este ano tem como tema “Garantir direitos, defender o SUS, a vida e a democracia – Amanhã vai ser outro dia!”, recebe mais de seis mil representantes da sociedade civil, entidades, fóruns regionais, movimentos sociais e organizações para debater e construir conjuntamente as políticas públicas e propostas que irão nortear as ações e decisões do Governo Federal para o Sistema Único de Saúde (SUS) nos próximos anos.
Para Carlos Lula, que se tornou autoridade reconhecida no país após comandar o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), durante a pandemia da Covid-19, a CNS 2023 é uma edição histórica.
“Estamos discutindo a mudança da perspectiva da construção do SUS no pós-pandemia, sobretudo, neste novo governo. Nos últimos anos tivemos que conviver com um governo que negava o SUS e, agora, voltamos a ter um governo que acredita no Sistema Único de Saúde, nas construções democráticas do maior sistema social da história do país, construído a partir de 1988. A CNS 2023 marca a retomada da participação popular e do diálogo, além do combate às desigualdades e por um SUS mais inclusivo e universal”, avaliou Carlos Lula.
A abertura do evento aconteceu na noite de domingo (2) e contou com a presença da ministra da Saúde, Nísia Trindade; do presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fernando Pigatto; da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara; da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva; do ministro do Trabalho e Emprego, Luíz Marinho; entre outras autoridades.
“Somos diversos, mas estamos unidos na luta pelo SUS, na luta pela democracia. É essa força coletiva de defesa da democracia que une o nosso Conselho Nacional de Saúde, que resistiu durante os anos mais difíceis da nossa história recente. É um fato histórico nós termos conseguido realizar essa 17ª conferência e termos colocado em pé e aperfeiçoado programas como o Bolsa Família [em interface com o Farmácia Popular], o Mais Médicos, o Brasil Sorridente e o Programa Nacional de Imunizações”, destacou a ministra da Saúde, Nísia Trindade.
Já o presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fernando Pigatto, lembrou que a última conferência realizada foi no ano de 2019. “Essa conferência vem sendo construída desde quando terminou a última, em 2019, um período de resistência. A temática dialoga com o futuro que a gente quer construir para o nosso Sistema Único de Saúde e para o povo brasileiro”, ressaltou.
Durante o evento, que acontece até a próxima quarta-feira (5), o Ministério da Saúde, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e CNS, lançou o Mapa Colaborativo dos Movimentos Sociais em Saúde. O mapa é uma plataforma coletiva e interativa que reunirá iniciativas práticas e saberes dos movimentos sociais no campo da saúde. O objetivo é que a ferramenta seja uma fonte para construção de redes colaborativas sobre políticas públicas.