Após mais de um dia de recuar da rebelião contra Moscou, Yevgeny Prigozhin, líder do Grupo Wagner, quebrou o silêncio nesta segunda-feira, 26, e disse que o objetivo do motim não era derrubar Vladimir Putin, mas salvar seu grupo paramilitar ameaçado de ser absorvido pelo Exército. “O objetivo da marcha era não derrubar poder russo”, afirmou Prigozhin em uma mensagem gravada de 11 minutos no Telegram, garantindo também que marcha objetivo da marcha era “não permitir a destruição do grupo Wagner e responsabilizar os funcionários que, por meio de suas ações não profissionais, cometeram um grande número de erros” e evidenciou “graves problemas de segurança no país”, declarou Prigozhin, ressaltando que seus homens viajaram 780 km sem encontrar muita resistência e pararam “a 200 quilômetros de Moscou”. “Demonstramos um alto nível de organização que o Exército russo deveria ter”, acrescentou Prigozhin, que também contou que, no decorrer do trajeto, os civis expressaram seu apoio ao grupo, o que expõe a fragilidade do poder na Rússia. “Os civis nos receberam com bandeiras russas e o símbolo do Wagner”, afirmou, acrescentando que “todos ficavam muito felizes quando passávamos”. A localização de Prigozhin que está desaparecido deste que assinou um acordo com Vladimir Putin para cessar o conflito, é desconhecida. No áudio, ele também lamenta o fato de o grupo ter precisado “ativar a aviação russa” e enfatizou mais uma vez que recuaram para evitar derramamento de sangue de soldados russos. O jornal britânico ‘BBC’, informou que o líder do grupo paramilitar também falou sobre as condições do acordo realizado para pôr fim à rebelião. No vídeo, Prigojin afirma que o grupo estava “completamente contra a decisão de encerrar o Wagner em 1º de julho de 2023 e incorporá-lo ao Ministério da Defesa”. Em sua mensagem, ele não revela sua localização atual. O Kremlin disse que irá a Belarus, mas não especificou quando.