A semana começa com a expectativa de aumento dos combustíveis no país e receio sobre quais serão os impactos na bomba. No próximo sábado, 1º de julho, o governo Lula (PT) deve aumentar os impostos federais sobre a gasolina e o etanol. Serão R$ 0,22 centavos a mais de PIS/Cofins por litro no preço dos dois combustíveis. A alta na tributação vem depois de a Petrobras anunciar uma redução de R$ 0,13 centavos no litro da gasolina para as distribuidoras. Como a alta do imposto vai ser maior do que a queda anunciada, a tendência é de que o preço do combustível fique acima do praticado anteriormente. O preço da gasolina já havia aumentado R$ 0,21 por litro na semana de 4 a 10 de junho, com a mudança na forma de tributação do ICMS. Em entrevista á Jovem Pan News, que percorreu postos de gasolina para ouvir os relator dos consumidores, o customizador de carros antigos Alexandre Oliveira disse que os clientes dele abrem mão desse estilo de vida quando aumenta o preço do combustível. “Eu pego o que eu encontro de melhor no mercado para colocar para rodar. E são geralmente carros mais 1.8, 2.0, carros que consomem mais gasolina. E aí, esse estilo de vida o pessoal acaba tendo que abrir mão, porque a gasolina é cara, o álcool é caro e fica complicado”, declarou.
Alex Lourival é taxista e fica de mãos atadas, porque não pode repassar o valor para os clientes: “Está um absurdo sustentar essa despesa do combustível. Para a nossa categoria está demais”. Para Samuel da Silva, chefe de família, a consequência são menos passeios de carro: “Eu acabo andando muito menos. Algumas coisas que eu faço, como passear com a família, eu acabo regrando. Porque trabalhar ainda é ter que ir para se sustentar. Agora, passeio já era, com combustível toda vez aumentando não dá certo”.
*Com informações do repórter Misael Mainetti